É possível pensarmos em masculinidades sem o machismo como reflexo ?
- marcosdamasceno176
- 25 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
Existe uma cultura dominante inserida no processo de construção do sujeito na sociedade, que determina as posições de gêneros e suas características, entre eles são inseridos posicionamentos, jeitos e ações de como um homem ou uma mulher deva se comportar para que haja a patente que o classifica no meio social de acordo com características do que é ser um homem e do que é ser mulher. É inserido um mal estar na sociedade, sendo um deles a desigualdade e desclassificação entre os gêneros.
O gênero masculino, desde muito cedo, segue segmentos que o fará construir ações de comportamento de como é ser um homem com H maiúsculo. Os requisitos hegemônicos de masculinidade é fazer com que o masculino sempre se oponha a uma posição de vulnerabilidade, ao que se considera pertencer ao feminino e, muitas das vezes, essa oposição ocorre até mesmo ao que se pertence ao seu próprio gênero. A masculinidade é construída como aquele que tem a força do falo, idealizado sempre como o herói, dono de uma força inalcançável pelo não semelhante e dentro dessas características, não se cabe um ser de sentimento.

Dentro do gênero feminino, o olhar que identifica, que o classifica como feminino, é a ausência do falo, posicionamentos sensíveis, donas de características inferiores, colocada numa classificação de submissão aos afetos e a fraqueza. Homens precisam de dispositivos para que possam expressar seus afetos, como diversificadas drogas, consumidas como mecanismo de fuga da realidade.
A classificação comportamental que separam esses segmentos, têm trazido consequências nas mais diversas formas de convívio entre os opostos. A vulnerabilidade por não poder ser desenvolvida no que é masculino, tem feito homens se auto destruir e causar destruição aos que vivem ao seu redor, por não conseguir lidar com a demanda afetiva que os permeiam. Segundo Malvina E. Muszkat (2018, pág. 90) ‘’leva em conta mortes violentas entre os homens, provocadas por acidentes de trânsito, suicídios e homicídios”, porcentagens essas crescentes a cada dia.
Leis como a do feminicídio (Lei 13.104/15) foram criadas devido a consequências de mortes e violências causadas por homens contra as mulheres, feitas para que haja o controle e proteção com o feminino. Será que podemos considerar que a causa dessas ações ocorrem devido a autonomia do feminino na sociedade?
Ocorre também uma força de ridicularização entre as masculinidades. O machismo impõe a não aceitação que o masculino fuja desse padrão de identificação posto como ‘’normal” de força, carregando então uma posição de agressividade entre as mais diversificadas masculinidades que atualmente se constroem sobre um lugar de passividade, compreensão e escuta.

Como então podemos alterar essa conduta comportamental, desconstruindo esse lugar de guerrilharia competitiva entre o que é ser forte e o que é ser fraco, no que é ser homem e no que é ser mulher?
Qual o Norte que podemos indicar para que haja igualdade de posições entre o feminino e o masculino?
O homem deve se perceber como um ser que sente, que possui fraquezas e acima desse lugar, carregar a vulnerabilidade de uma mulher?
O Reflexo do machismo tem tido consequências de ações de morte.





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