VIRUS
- ADILSON MARTINS DOS ANJOS
- 17 de dez. de 2020
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VIRUS
Eis de repente uma ameaça no ar
Mas era verão, calor, carnaval
Todavia, esse minúsculo ser(?)
Começava pelo mundo a se espalhar.
Esta ameaça de pomposo epíteto
Thânatos impiedoso, cruel desgraça
A ceifar tantas vidas, mal amparadas
Coronas de flores aos defuntos
Sepultados às pressas, sem despedidas.
A nova peste o mundo assombra
Assaz veloz, tornando o ar mortal
Feito tornado, furacão destruidor
No silêncio das casas, luto e dor.
Por estas bandas, ignorância e má-fé
"Essa invenção chinesa aqui não chegará"
Se advir, de gripezinha não há de passar
Nada de isolamento, quarentena, o que for
Somente fraco, velho, ou doente perecerá.
Desde o primeiro caso em fevereiro
Ou a primeira vitima fatal em março
As milhares de mortes pelo mundo
A negação se espalhou tal qual o virus
Parar a economia, era blasfemia, delírio.
Um, cem, mil mortos, dez mil
Cinquenta mil vitimas fatais
Cem mil óbitos, e daí?
Cento e cinquenta mil mortos
Fazer o quê? Não há Messias e tais.
O Brasil não pode ficar parado
E daí, Cinco milhões de infectados?
A cura ainda é um vaticínio
Agem como se tudo fosse passado
Mas a morte se encontra à espreita
Pouco importa de onde venha a vacina
Bem-vinda seja, de esquerda , ou de direita.
Pandemia trágica que envolveu o mundo
Ainda não teve um desfecho final
Mas, para quem perdeu um ente querido
Lembrar-se-á sempre deste vírus mortal.
Adilson Martins dos Anjos - Graduando de Psicologia na Uninove e membro da LAPP.