top of page

VIRUS

VIRUS

Eis de repente uma ameaça no ar

Mas era verão, calor, carnaval

Todavia, esse minúsculo ser(?)

Começava pelo mundo a se espalhar.


Esta ameaça de  pomposo epíteto

Thânatos impiedoso,  cruel desgraça

A ceifar  tantas  vidas, mal amparadas

Coronas de flores aos defuntos

Sepultados às pressas, sem despedidas.


A  nova peste o mundo assombra

Assaz veloz,  tornando o ar mortal

Feito tornado, furacão destruidor

No silêncio das casas, luto e dor.


Por estas bandas, ignorância e má-fé

"Essa invenção chinesa aqui não chegará"

Se advir, de gripezinha não há de passar

Nada de isolamento, quarentena, o que for

Somente fraco, velho, ou  doente perecerá.


Desde o primeiro caso em fevereiro

Ou a primeira vitima fatal em março

As  milhares de mortes pelo mundo

A negação se espalhou tal qual o virus

Parar a economia, era blasfemia, delírio.


Um,  cem, mil mortos, dez mil 

Cinquenta mil vitimas fatais

Cem mil óbitos, e daí?

Cento e cinquenta mil mortos

Fazer o quê?  Não há Messias e tais.


O Brasil não pode ficar  parado

E daí, Cinco milhões de infectados?

A cura ainda é um vaticínio

Agem como se tudo fosse passado

Mas  a morte se encontra à espreita

Pouco importa de onde venha a vacina

Bem-vinda seja, de esquerda , ou de direita.


Pandemia trágica que envolveu o mundo

Ainda não teve um  desfecho final

Mas,  para quem perdeu um ente querido

Lembrar-se-á sempre deste vírus mortal.

Adilson Martins dos Anjos - Graduando de Psicologia na Uninove e membro da LAPP.

 
 
 
  • facebook
  • instagram
  • youtube

©2020 por LAPP. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page