Pandemia e o isolamento social
- Larissa Cifarelli
- 27 de abr. de 2020
- 2 min de leitura
Logo após minha formação estou me deparando com uma situação na qual nunca tivera acontecido. Um surto de uma nova doença se espalhou pelo mundo, com isso as mudanças na rotina e no estilo de vida tiveram uma grande alteração.
O isolamento social e os modelos no trabalho foram obrigados a se adaptar a esse novo momento, mas até quando uma mudança tão drástica e repentina pode nos afetar?
Somos indivíduos sociais, estamos acostumados a ter trocas, estar no meio de gente, viver em uma cidade que não dorme, lutar com a pressa, a correria do dia-a-dia (pegar transito, ônibus lotado, trabalhar, estudar...) e de uma hora para a outra quebramos esse ciclo, somos forçados a ficar em casa ter um contato maior com nossa família, conviver com as diferenças e nosso único refugio passa a ser nosso mundo interior, nossos pensamentos.
Observo que os medos, angustias, histórias pregressas surgem nesse período e lidar consigo parece ser difícil. Relatos de depressão e ansiedade anteriores ressurgem em uma proporção maior, ideação suicida sobe de forma espantosa.
O quão difícil é lidar com você mesmo?
A psicologia vem tendo seu papel central no contexto atual, nunca foi tão necessário o trabalho do psicólogo em situação de crise, a escuta vem sendo primordial para a saúde mental. Buscamos estratégias para amenizar o sofrimento, para que este momento possa ser resignificado.
Temos a oportunidade de ter o tempo para reavaliar nossa vida, nossas escolhas e o que realmente importa neste momento, fomos obrigados a nos reparar, nos avaliar, nos observar. Ao final deste acontecimento vamos ter uma grande mudança no modelo de vida e na forma como nos vemos dentro dessa sociedade.
Em uma matéria da psicoterapeuta Maria Helena Pereira Franco (PUC-SP) para a folha de São Paulo me deparei com palavras que me fizeram refletir “Hoje em dia, quando as pessoas falam que querem voltar ao normal, digo para ficarem preparadas porque o normal que conhecíamos já não existe mais. A gente é protagonista na construção de um novo normal.”
Assim nosso papel nessa fase é manter a vida social em atividade por meio das novas tecnologias, colocar em pratica planos que só se encontravam nos papeis, retomar contato com quem não falávamos há tempos, observar a real importância de quem está a nossa volta, manter uma rotina e não se isolar em pensamentos.
Psicóloga: Larissa de Araujo Cifarelli
CRP: 06/157925





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